Você conhece os tipos de moto?
Nome dado a certos modelos é destrinchado de forma didática.
Existem vários tipos de moto, mas apenas um nome para cada estilo. Buscando informar você ao máximo, destrinchamos o “significado” de cada um. Confira abaixo:
Motociclos
Motos capazes de ultrapassar 50 Km/h, e que possuem cilindrada superior a 50cc.
Ciclomotores
Motos capazes de chegar até 50 Km/h, e que possuem cilindrada inferior a 50cc.
Motoneta, Lambreta, Scooter ou Vespa
São veículos motorizados de duas rodas, no qual o condutor condiciona suas pernas para a frente de seu tronco, em vez de para os lados, como ocorre nas motocicletas. Não há necessidade de usar os pés para a troca de marchas, e normalmente são montadas com câmbio automático (CVT) por corrente dentada com polias variáveis.
Motos esportivas
As esportivas são motos com design futurista e mecânica de excelente desempenho. Os motores geralmente possuem mais de 600 cilindradas, o que permite maior aceleração, algumas alcançando velocidades superiores a 300 Km/h.
Em geral possuem discos de travão duplos, quadros fabricados em materiais leves, design esportivo, avanços com posição de pilotagem baixa, escapes com ruído esportivo, carenagem para reduzir a resistência com o ar e pneus largos visando uma boa área de contato com o solo.
Motos Custom
As custom são motos estradeiras que não priorizam a velocidade, mas o conforto. A altura do banco é baixa, as pedaleiras são avançadas e o tanque é grande e paralelo ao chão, de forma a proporcionar uma posição confortável para pilotagem. O piloto fica recostado para trás, com os pés para a frente, com as costas geralmente apoiadas em encostos chamados de Sissy Bar.
A maioria das peças é cromada e brilhante, copiando o design das motos antigas. Geralmente possuem alforjes em couro, que são aquelas malas para levar a bagagem. São motos que apresentam desenho típico das motos americanas dos anos 50 e 60.
Roadsters
Motos que aliam o visual e a posição de pilotagem das custom com o alto desempenho das esportivas.
Motos chopper
São motos que derivam das custom com a diferença na posição do tanque, que é alto na frente e baixo atrás, formando uma linha com o eixo da roda traseira. O garfo da frente tem um ângulo em relação ao motor, maior que nas custom e seu comprimento também é maior, deixando a distância entre eixos bem grande.
A maioria não tem amortecedor traseiro e normalmente possui motor Harley Davidson de 1200cc. Este estilo de moto tem a filosofia de retirar tudo o que não é necessário em uma moto. Geralmente não possuem banco para o garupa, alforges ou paralamas dianteiros. Seu visual é bastante dispojado e agressivo.
Motos Naked
As naked são motos que têm bom desempenho em relação ao motor, e conjunto mecânico. Permitem uma posição de pilotagem menos “deitado”, melhorando o conforto para condução em vias urbanas, seu guidão é mais alto do que nas esportivas e não possuem carenagem.
São mais adequadas que as esportivas para andar entre os carros na cidade, e apresentam bom desempenho nas estradas. O único inconveniente é a falta de proteção contra o vento. Existem no mercado bolhas e semi-caranegens para solucionar este problema, mas em sua maioria, pioram o visual da moto.
Motos off-road
As motos off-road possuem diversas variantes: motocross/supercross, enduro, cross-country, raids e trail. Os pneus são específicos, geralmente para tração na terra e as rodas são maiores para transpor obstáculos com maior facilidade. A sua suspensão possui um curso total maior, sendo mais altas em relação ao solo, para absorver impactos e não os transmitir para o piloto.
O visual geralmente é despojado, com desenho rústico e/ou agressivo, sem acessórios que possam ser danificados quando a moto for utilizada em trilhas. Possuem também uma relação de marchas curta e rápidas acelerações, com motores de 125 a 600 cilindradas ou mais.
Dentro desta categoria existem as Big Trails, motos que podem ser usadas para viagens longas que incluem trechos off-road. São mais confortáveis e mais pesadas, possuem pneus de uso misto e tanques de combustível com capacidade para até 40 litros, permitindo boa autonomia em trechos longos. São a maioria das motos que participam do Rally Dakar.
Outra variação desta categoria são as Motocross. Motos vendidas sem acessórios obrigatórios para a utilização em vias urbanas, como lanternas, espelhos e piscas.
Motos Motard
Motard é uma palavra francesa que significa motocicleta. As motos motard possuem estilo off-road, variadas cilindradas e motores, pneus e rodas de motos street, ou seja, aros de 17/18 polegadas e pneus esportivos.
Motos Supermotard
A supermotard é uma moto trail com ciclística esportiva, de alta cilindrada e que possui como a motard, rodas de 17/18 polegadas e pneus esportivos.
Motos Pocketbikes
Motos Street
São motos que apresentam conforto e mobilidade para serem utilizadas no trânsito urbano, geralmente de 125 cc. A posição de pilotagem é sentada, apresentam desenho simples, com banco para garupa e não possuem muitos acessórios.
A maioria das street apresentam velocidade máxima, por volta de 110 Km/h.
Motos Underbone
São motos de dimensões reduzidas, menores do que as street, geralmente com câmbio semi-automático, baixa cilindrada (abaixo de 125cc), baixo desempenho, baixa manutenção e baixo consumo de combustível. Apresentam acelerações menores do que as street e velocidades máximas por volta de 100 Km/h.
Baby
Não possuem amortecedor traseiro, têm centro de gravidade baixo, pinturas peculiares – já que eram utilizadas até 14 camadas de tinta, e possuem aparência rústica.

Conheça os 10 diferentes estilos de customização em motos
A “mania” de customizar motos não é nova. Há indícios de que os motociclistas já mexiam em suas motos na década de 1920, ou seja, logo depois de os veículos motorizados de duas rodas começarem a se popularizar em todo o mundo. Da mesma forma que outras tendências, a customização ou personalização de motos vai e volta, mas atualmente está mais em voga do que nunca.
Na Europa, Estados Unidos e até mesmo no Brasil, diversas oficinas estão transformando as motos fabricadas em série em verdadeiras obras-de-arte, belas e exclusivas. Essa onda de customização que se espalha por todo o planeta “contaminou” – no bom sentido, é claro – até mesmo os fabricantes, que lançam motos que podem ser facilmente customizadas, caso da BMW R nineT, da Ducati Scrambler ou ainda da recém-lançada linha Bonneville da Triumph.
As inspirações para os projetos têm diversas origens, mas sempre bebendo na mesma fonte do vintage, do clássico do antigo. Nessa lista dos estilos mais “populares”, vale lembrar que customização é imaginação, portanto não se trata de uma regra fixa, ou de uma receita fechada para cada tipo de moto customizada. A ideia é mostrar as principais vertentes e contar um pouco de suas origens. Conheça:
1 – Cafe Racer – As motos usadas pelos jovens ingleses nas décadas de 1950 e 60 tinham como característica a redução do peso para disputar “rachas” nos arredores de Londres. Além de retirar diversas peças, as Café Racers tinham guidão curvado para baixo, pedaleira recuada e banco solo com uma pequena carenagem no lugar que era reservado à garupa. O nome veio do hábito dos motociclistas daquela época de se encontrar nos cafés dos anéis viários de Londres.
2 – Bobber – Outro antigo estilo de customização que nasceu nos Estados Unidos pós-Segunda Guerra Mundial. Contam que os soldados que retornavam das batalhas na Europa, queriam motos leves e mais ágeis do que as Harley e Indian disponíveis na “Terra do Tio Sam” e “arrancavam” as carenagens e peças supérfluas. Além disso, adotavam rodas do mesmo diâmetro na dianteira e na traseira para melhorar a ciclística. Reza a lenda que o termo tem origem nas corridas de cavalos, onde os treinadores “encurtam” (to bob) os rabos dos cavalos.
3 – Scrambler – Outro estilo que tem atraído muitos adeptos atualmente são as scramblers. O estilo scrambler, cuja tradução remete a mistura ou mexida, data de 1949 quando foi lançada a Triumph TR5 Trophy, baseada na Speed Twin dos anos 1930. Além do motor bicilíndrico, a moto tinha inédita ciclística off-road: trazia pneus com cravos, posição de guiar e banco mais altos, guidão elevado, além de suspensão de maior curso e os icônicos escapamentos “correndo” pela lateral. A Trophy foi um divisor de águas por oferecer para o público o que até então era feito somente em garagens. Hoje em dia, os customizadores fazem o caminho inverso: transformam nakeds fabricadas em série em exclusivas e estilosas scramblers.
4 – Chopper – Para ser classificada como uma chopper, uma moto precisa ter sofrido uma mudança fundamental: o garfo dianteiro deve ter sido alongado e o ângulo de cáster aumentado. O melhor exemplo de chopper é a “Capitão América”, pilotada por Peter Fonda no filme “Easy Rider”. Aliás, foi nessa época – os loucos anos 1960 – que elas surgiram com cores psicodélicas e seus guidões altos. Tom Fugle do El Forastero, um dos primeiros motoclubes norte-americanos, é considerado um dos pioneiros no estilo chopper.
5 – Tracker – Em paralelo com as Scramblers, havia as Trackers, normalmente Harley, Indian e Triumph usadas nos circuitos ovais de terra batida. Este “esporte” e vertente ainda tem seus adeptos, que investem altas somas para tornar as Harley competitivas nas pistas de terra; com pneus biscoito, guidões relaxados e outros detalhes como suspensão traseira a gás. Com a recente onda custom retrô, até a esportiva Ducati lançou uma versão tracker de seu modelo Scrambler. Também há as board trackers, que corriam em pistas de madeira, e mais recentemente, surgiram as street trackers, feitas para acelerar no asfalto.

Inspiradas nas motos que correm em circuitos ovais de terra, as Trackers também estão na moda – Foto: Deus Ex-Machina
6 – Rat Bike – Estilo mais raro de ser ver, o Rat Style funciona como nos carros “ratos”: veículos antigos, com tanques e peças enferrujados que dão um visual largado, junto de mecânicas reluzentes e poderosas, ornando com toques de cromados e detalhes minimalistas. Motos em estado putrefato, ruins para restaurar, costumam render bons exemplares para montar uma “ratona”. A moto pilotada pelo personagem Daryl Dixon, na série de TV “The Walking Dead“, é um bom exemplo de uma rat bike.
7 – Brat Style – O estilo criado por uma singular customizadora japonesa tem dado o que falar. No Japão, motos acessíveis como a Yamaha XS 650 ou Harley Sportster são largamente usadas para tais transformações, as quais incluem assentos baixos e retilíneos, além de lanternas pequenas e charmosas junto de para-lamas bem curtos. Bastante limpo e urbano, o estilo é reinventado mundo afora em diversas motos, com ou sem alterações nos chassis. Muitas das customizações atuais têm influência da escola “brat”: usam guidões retos vindos das trackers, suspensões rebaixadas e pintura escura e livre de cromados – no máximo partes mecânicas polidas.
8 – Streetfighters – Essa vertente da customização surgiu em meados dos anos 1990 na Europa: trata-se basicamente de “depenar” motos esportivas japonesas para aproveitar a cavalaria de seu motor, mas com uma ergonomia mais amigável, como nas nakeds. Outro exemplo que surgiu nas garagens e ganhou a linha de montagem das fábricas, caso da Triumph Speed Triple que era a Daytona 955i sem carenagem.

Esportivas de 4 cilindros e muitos cavalos de potência sem carenagem: assim são as streetfighters. Foto: John de Koning/Divulgação
9 – Baggers – O termo “bagger” pode ser explicado como uma moto Harley-Davidson com saddlebags, as malas laterais em geral rígidas. Originárias dos Estados Unidos, as baggers também ganham pinturas chamativas, rodas maiores (algumas até aro 19 ou 21 na dianteira) em geral cromadas e reluzentes. O estilo faz tanto sucesso por lá que a americana Victory até criou uma bagger de fábrica, a Magnum.

Com malas rígidas e roda aro 21 na frente, essa Indian é um legítima bagger americana. Foto: Felix Romero/Divulgação
10 – Art bikes – Mais raras e exclusivas, as “Art bikes”, ou “motos arte” são o resultado da visão singular de alguns customizadores inspirados. Essas motos são mais um exercício de escultura cinética do que um meio de transporte. Bons exemplos no cenário internacional são as motos do americano Maxwell Hazan ou do japonês Shinya Kimura, radicado nos Estados Unidos. São verdadeiras obras de arte, lindas de se olhar, mas sem a preocupação com o conforto e nem com a maneabilidade.
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