Restrito a profissionais do setor, o IX Salão das Motopeças começou ontem e vai até o próximo dia 20, em São Paulo, com os empresários apostando no crescimento nas vendas de peças de reposição para motos. É o reflexo da crise que afeta diretamente as montadoras instaladas no Brasil mas faz com que o consumidor procure manter seu veículo usado. “A crise, com desemprego e falta de financiamento retrai as vendas de motos novas. Assim, a opção do motociclista é manter o veículo usado”, disse o gerente de marketing da fábrica paranaense de capacetes e peças para motos Pro Tork, Gustavo Silva.
Mas o setor não é composto somente de peças de reposição. De acordo com Oswaldo Ballam, engenheiro de desenvolvimento da fabricante de capacetes instalada em Guarulhos, Nasa Capacetes, a crise bateu de frente com a empresa. “Mas o ápice da crise, para nós, parece que já passou. Como trabalhamos somente com vendas no atacado, as lojas, até pouco tempo atrás não queriam nem mesmo atender nossos vendedores. Agora, os lojistas começam a voltar a fazer, mesmo que pequenos, pedidos para a reposição do estoque”, observou o gerente.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes e Atacadistas de Motopeças (Anfamoto), Orlando César Leone, tem a mesma visão de mercado dos empresários do setor. “Não notamos diferença nos negócios do setor na comparação entre o ano passado e este. O mercado está sendo regular. Isto porque, como as pessoas não estão comprando motos novas, elas tendem a ter cuidado e manutenção maiores com os equipamentos que já possuem”, comentou o presidente da associação. “Por isto, a realização deste evento é tão importante, pois ele proporciona que os players do mercado possam fomentar negócios para a manutenção do setor”, disse.
A entidade também fez uma parceria entre o Salão das Motopeças e a Intermot, feira de motocicletas da Alemanha para “promover as relações entre o mercado europeu e brasileiro de motociclismo, troca de estandes e visibilidade entre eventos promovidos por cada entidade e, principalmente, levar uma missão brasileira organizada pela Anfamoto para a Intermot 2016, que acontece em outubro, em Colônia, na Alemanha.”
Na abertura do evento, o presidente da Associação disse que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) vai realizar uma pesquisa de mercado do setor de motopeças. Dados preliminares mostram que, em 2013, o setor era responsável por gerar cerca de 300 mil postos de trabalho. “Através também do levantamento preliminar, da parte do impacto direto da cadeia de motopeças já podemos anunciar que a participação do setor no PIB para o ano de 2013, é de 0,21%. Mas, ainda faltam alguns números para a conclusão do estudo”, observou. Dados de 2014 serão divulgadas ao final de setembro.
A Triumph apresentou, em São Paulo, sua nova linha Bonneville com três lançamentos para o Brasil. As T120 e T120 Black custam R$ 42.500. Chegam no mercado brasileiro em julho e setembro, respectivamente. A café racer Thruxton R também chega em julho, por R$ 55.000. Completa a linha o modelo Street Twin, já nas concessionárias desde o mês passado ainda pelo preço promocional de R$ 36.500. As concessionárias já realizam a pré-venda dos modelos.
A montadora inglesa chama seus novos modelos de “renascimento” da linha Bonneville. Os T120, antes denominados T100, receberam novo motor de 1200 cc, com oito válvulas para o torque máximo de 105 Nm (a 3.100 rpm), 54% a mais do que a geração anterior. Tem acelerador eletrônico e injeção eletrônica ride-by-wire e sistema de gestão do motor e câmbio com seis velocidades.
Os modelos T120 e T120 Black vêm de fábrica com o freios ABS, controle de tração, embreagem deslizante assistida, luz traseira com LED, manoplas com aquecimento, entrada USB, imobilizador do motor e dois modos de pilotagem. Este último equipamento é conectado ao sistema ride-by-wire e fornece as opções “estrada” e “chuva”.
A Bonneville T120 está disponível em três opções de cores: Cinder Red, Cranberry Red/Aluminium Silver e Jet Black/Pure White. Já a Triumph T120 Black pode ser comprada em duas cores: Jet Black e Matt Graphite. Thruxton R
A café racer Thruxton R tem motor 1.200cc com injeção de combustível ride-by-wire e sistema de gestão do motor que desenvolve 112 Nm (a 4.950 rpm), 62% acima da geração anterior. Entre os itens de série estão freios ABS com pinças do monobloco Brembo, garfos de pistão Showa, suspensão traseira Öhlins e pneus Pirelli Diablo Rosso Corsa.
Oferece ainda controle de tração, embreagem deslizante assistida, lanterna em LED, faróis em LED, entrada USB, imobilizador do motor e três modos de pilotagem. Conectado ao sistema ride-by-wire, as três opções de seleção do modo de pilotagem (“estrada”, “chuva” e “esportiva”).
Fichas técnicas. Clique no modelo para abrir um PDF com as informações: T120 T120 Black Thruxton R Street Twin
Vídeo promocional da montadora para os novos modelos
A Kawasaki apresentou na pista Kalando Cego, em Itupeva, interior de São Paulo, sua linha 2017 de motocicletas off road. Os seis modelos variam de R$ 7.790 a R$ 47.490. Entre as motos, a empresa destaca as reformulações na KX250F que o mesmo pacote de inovações aplicado na KX450F recebeu em 2016. O chassi foi redesenhado com uma nova ergometria, mais fina na região do tanque. A frente trouxe uma melhor dirigibilidade com as mesas inferior e superior mais rígidas, como na KX450F.
O peso, que foi reduzido em cerca de 1,7 kg, com um peso final de 104,5 kg (em ordem de marcha). O tanque de combustível e o sistema de exaustão foram rebaixados em cerca de 20 mm para melhorar o centro de gravidade do modelo. O banco também foi redimensionado, para dar mais mobilidade ao piloto ao se deslocar para frente e para trás.
A balança da suspensão traseira também recebeu as mesmas melhorias da KX450F, com novo amortecedor traseiro mais leve. A moto também tem sistema de injeção dupla e um pistão mais leve com fundo do tipo bridged-box.
O modelo oferece ainda modo de controle de largada, acionado através de um botão no guidão; ajuste plug-and-play da Injeção Eletrônica, com três mapas do motor; Kit de calibração KX FI (acessório opcional), não precisa de PC nos ajustes da Injeção Eletrônica, com mapas pré-carregados incluídos; suspensão dianteira com garfo dianteiro com funções separadas (SFF) Tipo 2, com Mola na direita e Amortecimento na esquerda.
O preço público sugerido sem frete e sem seguro é de R$ 44.490 KX450F
O modelo 2017 também recebeu mudanças na mesa (superior e inferior) que tornaram a moto mais rígida. Na suspensão dianteira a ar, as bengalas também foram revisadas melhorando a posição com o chassis e a performance do conjunto. Na inversão da posição das válvulas de regulagem de ar para regulagem interna e externa, as funções permanecem as mesmas do modelo 2016.
A ECU (Unidade de Controle Elétrico) foi reajustada para aumentar a potência do. O banco tem frame mais rígido e o espaço entre o link do amortecedor e a balança para ampliar a tração e no funcionamento do link, além de não deixar acumular resíduos do terreno nesse.
O preço público sugerido sem frete e sem seguro é de R$ 47.490 KX100
Para 2017, o modelo recebeu novo chassis, motor de 99 cc 2T e assento e um guidão com até 6 posições de regulagem. Os cubos do eixo da roda nos garfos dianteiros foram revisados e estão 12,5 mm mais curtos, melhorando a performance em curvas. A suspensão traseira Uni-Trak teve o mecanismo de amortecimento redesenhado para que o amortecedor traseiro permita que a força de compressão possa ser gerada em velocidades menores em seu curso. O novo mecanismo tem 24 cliques de regulagem para a compressão e 21 cliques para o retorno, além da pré-carga livremente ajustável.
Os discos de freio dianteiro e traseiro são em formato de margarida, como nas motos maiores da série KX. Modificações no motor de 2 tempos aumentaram a potência e o torque em todas as faixas de rotação.
O preço público sugerido sem frete e sem seguro é de R$ 29.990 KLX140G
O modelo combina quadro perimetral rígido baseado na série das KX com suspensão de curso longo e rodas de 21” na frente e 18” na traseira e motor refrigerado a ar, monocilíndrico de 144 cm3. Com menos de 100 kg em ordem de marcha, tem freios a disco nas duas rodas, sistema de partida elétrica e altura do assento de 860 mm. As rodas são de 21” na dianteira e 18” na traseira. O sistema de suspensão é de curso de 33 mm na dianteira e Uni-Trak na traseira. O câmbio é de 5 marchas com carburador Keihin.
Preço público sugerido sem frete e sem seguro R$ 12.500 KLX110
Desenhada para jovens a partir de 13 anos, a moto pode carregar pilotos de até 70kg. Tem motor monocilíndrico SOHC de 112 cc, transmissão semiautomática de 4 marchas com embreagem centrífuga e partida elétrica.
Preço público sugerido sem frete e sem seguro R$ 7.790 KLX450R
O motor 4 tempos de 449 cc foi ajustado para oferecer mais torque em baixas rotações, acoplado a uma transmissão de cinco velocidades com e partida elétrica. O quadro em alumínio foi projetado para ser utilizado nas mais severas condições das competições off-road e tornar mais fácil o seu controle em uma grande variedade de terrenos, diz a empresa.
Preço público sugerido sem frete e seguro R$ 33.490
-Informações e imagens: divulgação-M. M.
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Museu Duas Rodas
No alto da Mantiqueira, em Alcantilado, MG, em meio à Natureza, riachos e estradas de terra, Robson Silvestre Pauli, ergueu o único museu permanente, conhecido no Brasil, dedicado a motocicletas antigas e/ou clássicas, aberto à visitação pública.
Detalhe da frente do galpão do "Museu Duas Rodas", com uma Norton Manx "saindo por cima" !!!
Já ha algum tempo havia ouvido falar que alguém estaria organizando um museu na região de Visconde de Mauá (próximo a Penedo), no Estado do Rio de Janeiro, divisa com Minas Gerais, no alto da Serra da Mantiqueira.
Visual externo do museu
É uma região, no mínimo, inusitada, para se ter um museu de motocicletas antigas pois a natureza serrana exuberante, contrasta com assuntos mecânicos mas... Assim aconteceu!!! Fiquei sabendo no fim-de-semana passado (06/07/02), que havia sido inaugurado esse museu e, como estava de passagem pelo estado do Rio, resolvi conferir o já famoso empreendimento.
Impressionante!!!
Junto a uma área de lazer, de nome "Corredeiras", também de propriedade de Robson, ergue-se um, não tão pequeno, mas discreto, galpão decorado conforme o estilo serrano, onde existe um acervo, de aproximadamente 90 exemplares, entre motocicletas, motonetas, ciclomotores, bicicletas motorizadas, e afins, tudo em excelente estado de conservação ou recuperação.
Robson junto a suas Jóias
São motocicletas vindas de várias localidades, principalmente do Estado do Rio de Janeiro e São Paulo.
Ducati Monza Jr. 160cc
Mobylette
Lá encontram-se velhas conhecidas de quem, nos anos 60, frequentava a "Esquina do Veneno", na capital paulista, como a Moto-Guzzi Aerone 250cc do Sr.Luiz Latorre, ou a Aermacchi Alla D'Oro que era vista na "Brasimport". Eu, pessoalmente, conheci essas duas motocicletas, na época em que pertenciam a seus proprietários originais.
Moto Guzzi Aerone 250cc que pertenceu à Luiz Latorre
Harley-Davidson Aermacchi Alla D'Oro de 250cc, que pertenceu à Pedro Latorre
Encontram-se, também, raridades que datam dos primórdios da história da motocicleta
Wanderer 1902
Os exemplares de sua coleção que são expostos ao público, são variados; desde fins de 1903, como a Wanderer, na foto acima, a meados de 1970. São belos, dignos de serem expostos para reavivarem a memória de quem viveu cada época e acrescentar conhecimento a quem se interessa pelo assunto.
BSA com Kit especial para competição
Yamaha TY125 Uma variação da DT125, importada no Brasil, que foi destinada ao mercado americano Notem o escapamento externo, como nas AT125
Negrini 50cc
Triumph Boneville 650cc
Depois de ficar por um bom tempo observando essa coleção, bem organizada, com as respectivas fichas técnicas e comentários interessantes, fomos conhecer outro galpão, onde ficam as motos a serem restauradas...Muitas...Mais de 50, com certeza!!!
Vista interna do galpão de motos a restaurar Notem as motos fixas no teto
Eu nunca tinha visto tantos quadros, chassis, rodas e pneus, de modelos que variavam de Norton Manx a TZ350! Tudo isso a ser restaurado para fazer parte do já tão completo museu.
Yamaha TZ350 com quadro Nico Backer
Cada moto com sua história. Robson guarda na memória a história dos principais modelos que possue.
Decoração super-interessante
Robson, colocou todo seu acervo à disposição do público, fazendo questão de apresentar peça a peça da sua coleção, como se fosse parte de sua família. E de certa forma, são, pois esse trabalho só alcança êxito, quando é feito com amor e paciência. O Museu Duas Rodas, tem tudo para se tornar ponto de parada obrigatório de quem gosta das Motocicletas Clássicas e de quem gosta de acrescentar sempre um ponto à sua cultura pessoal.